sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Revista Veja sobre Emagrecimento

Emagrecimento

Mulheres que trabalham durante muitas horas engordam mais, diz estudo

Mulher pesando balança
Peso a mais: quanto mais horas uma mulher trabalha, maior o risco de engordar (Creatas)
Mulheres adultas que trabalham durante muitas horas seguidas têm mais chances de engordar e de apresentar doenças associadas ao excesso de peso, concluiu uma nova pesquisa feita na Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália. Segundo o estudo, publicado no periódico International Journal of Obesity, o maior risco é apresentado por aquelas cuja jornada de trabalho é de ao menos 35 horas por semana.
Ao todo, participaram da pesquisa 9.276 mulheres entre 40 e 50 anos de idade que estavam inscritas no Estudo Longitudinal Australiano sobre Saúde da Mulher. Após dois anos, 55% das participantes haviam engordado — em média, elas ganharam 1,5% do peso inicial.


 Mulheres que têm trabalho exaustivo tendem a comer mais e descontroladamente

Stress no trabalho aumenta em até 70% risco de problemas cardiovasculares em mulheres

Os autores concluíram que o fato de estar empregada já é um fator de risco para um maior ganho de peso entre mulheres dessa faixa-etária. Além disso, eles indicaram que aquelas que trabalhavam por ao menos 49 horas por semana eram também mais propensas a fumar, consumir bebida alcoólica e a praticar pouca ou nenhuma atividade física — sugerindo uma forte associação entre horas de trabalho e estilo de vida sedentário. Para a coordenadora da pesquisa, Nocole Au, esses resultados devem incentivar novas políticas públicas que busquem reduzir a jornada de trabalho da mulher, assim como aumentar a prática de exercícios físicos, a fim de melhorar a saúde daquelas com mais de 40 anos.

Emagrecimento

Mesmo modesta, perda de peso já surte benefícios duradouros à saúde

Efeitos positivos, de acordo com pesquisa, podem durar por até dez anos mesmo se indivíduo voltar a engordar depois

Dieta
Segundo estudo, obesos que emagrecem, mesmo que pouco, já se beneficiam a longo prazo (Hemera Technologies/Thinkstock)
Pessoas com obesidade ou sobrepeso que emagrecem de maneira modesta já podem obter benefícios à saúde ao longo de uma década, mesmo se recuperarem esse peso mais tarde. Esses efeitos positivos incluem, por exemplo, a redução do risco de diabetes tipo 2 e de hipertensão e a melhora dos sintomas de apneia do sono. Essas conclusões fazem parte de um estudo apresentado no 120ª Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia, que será realizada até este domingo na cidade de Orlando, na Flórida.
Pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, se basearam nos dados de 3.000 pessoas inscritas no Programa Nacional de Prevenção de Diabetes, um estudo que incentivou pacientes com a doença a mudarem seus hábitos alimentares e estilo de vida para atenuar os sintomas do problema. De acordo com o estudo, os indivíduos que perderam uma média de 6,5 quilos apresentaram um risco 58% menor de desenvolver diabetes tipo 2 em relação àqueles que mantiveram o peso. Esse benefício permaneceu o mesmo ao longo dos dez anos seguintes do emagrecimento e não se alterou mesmo quando o participante recuperou o peso que havia perdido.
Além disso, as pessoas que reduziram seu peso corporal em 10% apresentaram uma melhora a longo prazo nos sintomas relacionados a problemas do sono, como a apneia do sono ou a insônia, e nos níveis de pressão sanguínea. A taxa de mortalidade também diminuiu com essa perda de peso. “Estamos tentando mostrar que as mudanças de comportamento e de hábitos alimentares não só tornam os indivíduos mais saudáveis em termos de redução do risco de doenças cardíacas, por exemplo, mas também fazem com que eles vivam por mais tempo”, afirmou Rena Wing, que coordenou a pesquisa.
Falta de consciência — Uma pesquisa feita recentemente na Universidade de Washington, também nos Estados Unidos, apontou para um problema que atinge a maioria das pessoas com excesso de peso e que pode estar associado ao aumento das taxas de obesidade ao redor do mundo. De acordo com o estudo, a maioria das pessoas não tem consciência da quantidade de peso que ganha ou perde. O trabalho, publicado neste mês no periódico Preventive Medicine, se baseou nos dados de mais de 700.000 indivíduos maiores do que 18 anos e ainda revelou que grande parte dos entrevistados que havia engordado em um período de um ano relatou acreditar ter emagrecido. Para Catherine Wetmore, que coordenou a pesquisa, essas conclusões são alarmantes, uma vez que a autoconsciência do peso corporal é essencial para a redução da obesidade a longo prazo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário